terça-feira, setembro 23, 2008

A verdade (ou quase isso)

Antes de mais nada, obrigado pelos que já voltaram a aparecer por aqui. Ainda não agradeci a nenhum de vocês diretamente, mas estou lendo os comentários e fico feliz de ver que ainda tem gente que me atura.

Um dos motivos da parada de mais de dois meses no blog foi que eu estive de férias e de computador quebrado durante todo o mês de julho. Não justifica mas ajuda a explicar.

Quando voltei à labuta, me pediram que escrevesse algo pra seção "Colunista convidado" que sai todo domingo no Lance. O assunto era livre e pensei em relatar a minha experiência por terras portenhas durante as férias. O texto e a ilustração correspondente que foram publicados no dia 24 de agosto passado foram esses aqui abaixo.

PS.: Pra localizar melhor no tempo e no espaço, cabe dizer que esse texto foi escrito na mesma semana em que a seleção brasileira perdeu a semifinal olímpica para a Argentina por três a zero.







Pelé? Sou mais o Maradona!


Com o real em alta, Buenos Aires tem recebido brasileiros às pencas de uns tempos pra cá. Pois bem. Mês passado, durante as minhas férias, eu e minha esposa fomos curtir uma segunda lua-demel por lá.


E o que Maradona e Pelé têm a ver com isso? Até aí, nada. Mas assim que desembarquei, tomei um susto já no saguão do aeroporto. Uma loja abarrotada de camisas da Argentina tinha uma foto imensa do Maradona dividindo uma parede inteira com uma outra do mesmo tamanho do Pelé. PELÉ?! Na Argentina...?! Tudo bem, vestindo a camisa do Cosmos, mas, fora isso, nenhuma ironia. Vá lá que o objetivo fosse apenas agradar aos turistas brasileiros, mas los hermanos não nos odeiam? Aquilo me soou muito gentil. Odiei admitir, mas um a zero pra eles.


Dois dias depois, fomos visitar a Bombonera. Infelizmente não haveria jogo, mas pagamos ingresso pra dar uma olhada no estádio e visitar o museu, que, aliás, é muito bacana, cheio de itens de fazer babar torcedores ou não. Emendamos com uma voltinha pelo entorno e, entre uma casa colorida e outra, vejo dentro de uma loja um painel pintado com um time escalado assim: Riquelme, Palermo, Messi, Maradona e... PELÉ! Agora com a amarelinha! E em plena Boca?! Àquela altura, eu já estava achando os inimigos mais gente boa do que esperava. Argentina dois a zero.


O lance final da partida aconteceu numa parrilleria, a churrascaria de lá. O garçom, gentilíssimo, puxou assunto e, claro, o papo descambou pro futebol:


– Ah, pero Brassil e Arrentina son hermanos. Somos rivais solamente en el fútbol, nada más.


Aí, com três taças de Malbec nas idéias, o meu senso de rivalidade foi pra escanteio:

– A gente não admite, mas nós invejamos o amor que vocês têm pelo Maradona. A verdade é que gostaríamos de amar Pelé tanto quanto vocês amam o Pibe. Brasileiro só gosta do Pelé pra sacanear argentino. De resto...


Tá lá! Em pleno campo adversário, marquei um golaço contra. Hermanos três, Brasil zeeeero.


Ainda não comentei, mas é impossível andar cem metros em Buenos Aires sem ver uma foto do Maradona. É deus. Já, para nós, Pelé é um belo cartão-postal e olhe lá. Indo além, fiquei com uma bruta impressão de que eles têm admiração mais sincera pelo nosso Rei do que nós mesmos.Pode ter sido o efeito dos vinhos ou o clima de "o amor está no ar" com a minha esposa, mas eu voltei de lá vendo os hermanos com outros olhos e confesso que perder pra Argentina passou a doer bem menos.Com o time do Dunga então...

quarta-feira, setembro 17, 2008

As coisas podem ficar esquisitas aqui...



Sabe aquela história de "dar mais ênfase às coisas pessoais" do post retrasado?

Então...

terça-feira, setembro 09, 2008

O pulso ainda pulsa...



Amy Winehouse é o novo Ronaldinho Gaúcho da caricatura e quem sou eu pra dizer que não. Peguei o caderninho e fiz a minha versão (a primeira...).

E já que o assunto é reabilitação, vamos tirar o pó dos móveis, as teias de aranha dos cantos e abrir as janelas que esse blog tá com mó cheiro de mofo. As coisas vão mudar um pocuo por aqui, tô pensando em dar mais ênfase às coisas que faço pra mim sem as pressões da publicação, até pra me auto-estimular-a-mim-mesmo-enquanto-eu no exercício de fazer essas coisas...

Obrigado aos que nunca perderam a esperança e continuaram teimando em aparecer por aqui. Abraço!